Dia 04/03 é a data estabelecida pelo World Obesity Federation juntamente com a OMS(Organização Mundial da Saúde) como o dia de Combate Mundial à Obesidade.
Tratar este assunto, se tornou fundamental devido o crescimento global alarmante pois segundo as últimas pesquisas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 22 % dos homens e 29,5% das mulheres adultas tem obesidade no Brasil. Entre mulheres de 40 a 59 anos tivemos a maior incidência de obesidade, atingindo 38% delas, contra 30% dos homens da mesma faixa etária. Para os adolescentes de 15 a 17 anos, o valor foi de 6,7%, com cerca de 8,0% para o sexo feminino e 5,4% para o masculino. Isso corresponde a aproximadamente 41 milhões de brasileiros com obesidade. E no mundo, são mais de 1 bilhão de pessoas obesas – 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças.
E qual a importância disso?.
A relevância está em compreender que a obesidade é uma DOENÇA CRÔNICA MULTIFATORIAL; ou seja, é uma doença que não tem cura e que pode ser causada por diversos fatores: genéticos, sociais, metabólicos, emocionais, ambientais e má qualidade de sono. E com ou através dela estão os riscos de desenvolver outras doenças como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de canceres, além de reduzir a qualidade de vida social, afetiva e ocupacional; saúde emocional como ansiedade, depressão, maiores chances de hospitalização devido à Covid-19 e diminuir a sobrevida, dentre outras.
Ao contrário do que muitos pensam, a obesidade vai muito além de “ comer menos e malhar mais”….falha de caráter, falta de força de vontade ou algo perfeitamente controlável. Incessantes estudos evoluíram consideravelmente desmistificando tal percepção.
Ao compreender que a Obesidade é uma doença, entendemos que ela merece tratamento adequado. Atualmente a OMS juntamente com vários outros órgãos mundiais estão trabalhando para atingir metas globais relacionadas à obesidade, incluindo reduzir seu aumento e moldar a narrativa global. Isto é alcançado por meio de pesquisa, educação e políticas voltadas para a prevenção e gestão da obesidade em todos os países. Como consenso, já estabeleceu-se a importância de um plano de ação que inclui informação, acolhimento, redução do estigma e ajuda profissional qualificada; além de dissiminar e promover acesso à atividade física, acesso à melhores condições alimentares, menos ênfase em peso ideal e sim em melhorias da obesidade, das doenças associadas, qualidade de vida e restrição de marketing acerca alimentos ultraprocessados e de redes sociais que disseminam o ódio, estigma e oportunismo por meio da obesidade.
Nunca foi fácil tratar a doença Obesidade! Mas seguimos na busca incansável de informações e estudos pautados na ciência, sempre visando menos julgamento e mais acolhimento !
Abraços,
Danny Sakurai
Psicóloga/Neuropsicóloga
CRP.: 06/64.760